segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Estrangeiros olham inovação brasileira

O Brasil segue atrasado no esforço de inovação, mas há boas notícias. Obra de pesquisadores de Santa Catarina, a Plataforma Lattes é uma ferramenta sem par no mundo. Tem mais de 1,7 milhão de currículos de onde o CNPq pode sacar informações precisas, como a lista dos especialistas em nanotecnologia. Interessados em copiar o modelo, pesquisadores americanos e europeus vieram ao país para discutir ideias. Eles também vieram conhecer de perto a tecnologia do Portal Inovação, onde é possível até checar quantas patentes brasileiras existem numa área específica. Estados Unidos e Europa, líderes em tecnologia, não têm nada igual.

Fonte: Revista Época

sábado, 29 de janeiro de 2011

Finep prevê destinar R$ 4 bilhões para inovação em 4 anos

Estimativa é de Glauco Arbix, que assumiu a presidência do órgão nesta sexta-feira, 28/1, prometendo duplicar o crédito da Financiadora de Estudos e Projetos.

Investir em inovação não é mais escolha, mas sim uma necessidade para o Brasil se tornar mais competitivo, defendeu o sociólogo Glauco Arbix, novo presidente da Financiadora de Estudos e Projeto, (Finep), braço de fomento do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT). Ele assumiu o cargo nesta sexta-feira, 28/01, prometendo duplicar a capacidade de crédito do orgão, atingindo R$ 4 bilhões ao final de quatro anos.

“Poucas instituições no mundo atuam da pesquisa ao crédito, como aqui. O Brasil precisa de um choque de inovação e a Finep será protagonista desse processo na condição de um banco de fomento”, explicou.

Arbix disse que o órgão tem como alvo a atuação nas áreas tecnológicas críticas da economia e da sociedade brasileira. Ele destacou que “o Brasil vive hoje uma dupla pressão, na forma de uma
pinça gigantesca”.

O sociólogo observa que o Brasil enfrenta a competição dos países avançados, baseada em conhecimento novo e tecnologia, além da concorrência feroz de outros emergentes como China e Índia.

“Quem pensou um dia que o Brasil poderia competir apenas com base em commodities ou baixos salários, só encontrará frustração a sua frente. A elevação do atual padrão de competitividade da estrutura produtiva e de serviços é essencial”, enfatizou o presidente da Finep.

Com esse cenário, Arbix, considera fundamental combinar a Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) com os programas de do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de investimento e inovação.

Ele garantiu que vai aprofundar seu foco nas empresas, no apoio aos centros e universidades que geram conhecimento novo, no aperfeiçoamento da infraestrutura de pesquisa (sempre em sintonia com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Fonte: http://computerworld.uol.com.br/tecnologia/2011/01/28/finep-preve-destinar-r-4-bilhoes-para-inovacao-em-4-anos/


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

will.i.am, do Black Eyed Peas, é agora diretor de Inovação Criativa da Intel

Na opinião da companhia, a parceria com o artista, empresário e produtor representa o casamento perfeito entre entretenimento e tecnologia.

A Intel anunciou nessa terça-feira, 25/01, em Anaheim, onde realiza uma conferência interna de vendas e marketing, a contratação de will.i.am, do Black Eyed Peas, como diretor de Inovação Criativa. "Ele não é apenas um produtor e um artista brilhante, mas também um inovador que empurra os limites da tecnologia profissionalmente e pessoalmente. Partilhamos um forte interesse na inovação em torno de música, arte e estilo de vida, e estamos animados em unir forças para estabelecer uma conexão emocional com os consumidores", disse Deborah Conrad, vice-presidente da Intel e diretora de Marketing.

Mais conhecido por ser o líder do Black Eyed Peas, will.i.am se diz fã de tecnologia, além de empresário, filantropo e sete vezes vencedor do Grammy. "Quase tudo o que faço envolve processadores e computadores, e quando vejo um chip Intel penso em todas as mentes criativas envolvidas que ajudam a ampliar a minha própria criatividade", disse ele. "A parceria com os cientistas, pesquisadores e programadores da Intel para colaborar e co-desenvolver novas formas de comunicar, criar, informar e entreter, vai ser incrível."

Segundo a Intel, a função de will.i.am o levará a colaborar fortemente com muitos empreendimentos criativos e tecnologias que integram o conceito de “Compute Continuum” (Computação Continuada), que preza pela manutenção da melhor experiência do usuário e pela livre capacidade de transferir conteúdos, em tempo real, entre diferentes dispositivos de acesso a Internet – dos tradicionais desktops e notebooks até carros, smartphones e eletrodomésticos. Na visão da Intel, a "computação continuada" redefinirá a relação dos consumidores com os equipamentos usados para o consumo de fotos, músicas, vídeos e outros conteúdos disponíveis online. A Intel trabalha para materializar esta visão em um período de até 18 meses.

Complementando seu papel visionário como líder do Black Eyed Peas, will.i.am também já está trabalhando expressamente para a Intel na área de música. Detalhes, porém, não foram revelados.

Fonte: http://idgnow.uol.com.br/mercado/2011/01/25/will-i-am-do-black-eyed-peas-e-agora-diretor-de-inovacao-criativa-da-intel/

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Empresas buscam funcionários ‘inovadores’

Pesquisa da americana GE mostra que fator número um para a inovação é a contratação de pessoas criativas


Fernando Scheller, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Uma pesquisa mundial com mil executivos feita pela gigante americana GE mostrou que, na hora de inovar, as pessoas são o principal bem de uma empresa. Tanto na média dos 12 países incluídos na pesquisa quanto entre os brasileiros, o principal fator apontado para garantir a constante inovação em processos e produtos foi a contratação de funcionários que não tenham medo de apresentar ideias novas.

No Brasil, as respostas evidenciaram também que o mercado é especialmente carente de ideias inovadoras. Dos cem executivos brasileiros ouvidos pela GE, 89% responderam que existe um "apetite" social pela inovação; na amostra geral, que inclui vários países desenvolvidos, o porcentual cai para 77%.

Para Beth Comstock, principal executiva de marketing da GE, a pesquisa sobre inovação tem a função de validar o direcionamento da empresa em diferentes mercados. No caso do Brasil, diz ela, o levantamento deixou claro o otimismo da classe empresarial sobre o futuro econômico do País e também o importante papel que a inovação terá nessa expansão. "Os executivos estão cientes de que as pessoas criativas são necessárias. É o que fazemos na GE: buscamos pessoas de diferentes estilos e pontos de vista sobre a vida."

Segundo a executiva, a pesquisa em 12 países, que pela primeira vez incluiu mercados emergentes – antes, era feita só na Europa –, serviu para mostrar que, cada vez mais, as soluções inovadoras terão caráter local. "As soluções terão de ser multilaterais, não existe uma forma que sirva a todos os mercados. Nesse novo formato, as empresas terão de estar preparadas para um novo tipo de interação – e até estar preparadas para colaborar com seus principais concorrentes."

Nas empresas com perfil inovador, a busca por profissionais inovadores é só o primeiro passo para a criação de novos processos e produtos. Para o diretor de comunicação do Google Brasil, Felix Ximenes, é preciso também criar o ambiente para a criatividade aflorar.

Liberdade

No caso do Google, diz ele, isso se traduz em horários flexíveis e no respeito às características individuais: "Aqui, as pessoas podem trabalhar em casa, em uma sala sozinhas ou em um grupo. Cada um pode criar de seu jeito".

De acordo com o executivo, é possível encontrar o candidato com as características certas em processos seletivos. "Não buscamos gênios, mas sim pessoas com capacidade criativa, inquietude e que se interessem por coisas novas. E temos técnicas e estímulos para detectar isso durante a entrevista", diz Ximenes.

O grupo mineiro Algar, que atua nas áreas de telecomunicações, serviços, turismo e agronegócio, incentiva a inovação por meio de programas destinados a processos produtivos e ideias de negócios. Desde 2001, a empresa investiu R$ 37 milhões nas iniciativas de inovação. Segundo o vice-presidente de talentos humanos da companhia, Cícero Domingos Penha, a arrecadação com mais de mil sugestões apresentadas no período foi bem maior: R$ 254 milhões.

O executivo diz que a meta para 2011 é "turbinar" o programa, incentivando a apresentação do pacote completo. "Além de conceber a ideia, queremos que os funcionários se responsabilizem pela operação do projeto".

Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/not_52575.htm

domingo, 23 de janeiro de 2011

''Prioridade é criar um novo marco legal''

Alexandre Gonçalves - O Estado de S.Paulo

Glaucius Oliva, diretor de Engenharia, Ciências Humanas, Exatas e Sociais do CNPq

A ciência deve estar alinhada às demandas da sociedade e é preciso promover a pesquisa e a inovação no ambiente empresarial. Esta é a opinião do diretor de Engenharia, Ciências Humanas, Exatas e Sociais do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Glaucius Oliva, que deve assumir a presidência do órgão na próxima quinta-feira. Em entrevista exclusiva ao Estado, Oliva afirmou que um dos grandes entraves à ciência no País é a sobrecarga gerada sobre o pesquisador por questões administrativas. Disse ainda que é preciso valorizar, na avaliação do mérito acadêmico, a inovação e o engajamento em atividades de divulgação científica, diminuindo a ênfase no número de publicações.

Quais os desafios da ciência brasileira nos próximos anos?

A ciência precisa estar contextualizada com as demandas da sociedade. Precisamos promover a pesquisa e a inovação no ambiente empresarial. Incluir a questão da sustentabilidade ambiental, econômica e social em todos os projetos. O Brasil não deve mais se preocupar em aumentar o número de publicações e sim em buscar qualidade, impacto e relevância. Finalmente, a internacionalização. É preciso participar de projetos colaborativos conduzidos por equipes multinacionais. Não basta o intercâmbio de pessoas.

Como atingir esse ideal?

Precisamos modernizar o sistema de avaliação e introduzir fatores que garantam a qualidade e promovam as abordagens multidisciplinares. A modernização da gestão, avaliação e acompanhamento é uma forma de fazer o sistema caminhar na direção da qualidade.

Como fazer a modernização?

Uma prioridade é a criação de um novo marco legal, que atenda às necessidades de gestão de recursos, importações e contratação de pessoas. É preciso lutar para ter uma lei que ampare a aplicação de recursos de forma mais ágil, desburocratizada e eficiente. Iniciamos, no ano passado, um programa para avaliar o que as agências internacionais equivalentes ao CNPq estão fazendo. Estamos vendo como a National Science Foundation americana, o National Institutes of Health e os Research Councils da Inglaterra estão lidando com essa questão. Olhamos também para Austrália e Japão. Fazemos workshops com pessoas desses países para elaborar uma proposta que será discutida com a sociedade.

Há clima político para construir esse marco legal?

Hoje nós temos um ministro de Ciência e Tecnologia que é uma liderança política. Não há oportunidade melhor do que esta. Ele conhece a área com detalhes e, ao mesmo tempo, conhece todos os meandros políticos. Outro desafio importante vai ser a expansão e a sustentabilidade dos recursos para acompanhar o crescimento do sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação. Nos últimos cinco anos, nós tivemos a incorporação de 15 mil novos pesquisadores ao sistema e vamos precisar de mais recursos para que esses indivíduos tenham condições de fazer pesquisa de qualidade.

Como conseguir recursos?

Acho que temos bons instrumentos. Um deles é o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, que é alimentado pelos fundos setoriais (financiados pelos agentes econômicos de cada setor). O CNPq também faz convênios com ministérios que têm interesse e recursos para projetos de pesquisa. Uma terceira fonte é o trabalho junto às fundações estaduais de amparo à pesquisa. Em vez de lançar editais nacionais, o CNPq tem procurado os Estados para lançar editais que atendam às demandas regionais. A gente coloca recursos e eles dobram o valor. Isso tem feito crescer os recursos para ciência e tecnologia no País.

O que fazer para estimular a inovação?

Já temos ações importantes, como o Programa de Capacitação de Recursos Humanos para Atividades Estratégicas (RHAE), que oferece bolsas para incluir e fixar graduados, mestres e doutores nas empresas. Na última chamada, tivemos cerca de 400 propostas e 47 foram atendidas. Isso mostra que há demanda. Também criamos editais para apoiar os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) das universidades. São eles que fazem a interface entre os cientistas e as empresas. Esse tipo de ator é o que mais faz falta no sistema. No ano passado, no edital do Programa Nacional de Pós-doutoramento, separamos bolsas exclusivas para doutores que pretendiam se inserir em empresas ou NITs. É preciso avançar na forma de avaliação, para dar crédito às atividades de inovação. O mesmo vale para a área de difusão da ciência. A sociedade precisa estar informada sobre o que estamos fazendo. Até para nos defender, por exemplo, na hora de fazer cortes no orçamento federal. Educação, Ciência e Tecnologia são as primeiras a sofrer cortes e parte da culpa é nossa, dos cientistas, que ainda não encaramos como parte essencial de nossa missão divulgar a ciência. As pessoas ainda acham que divulgação é perfumaria, mas é questão de sobrevivência.

O pesquisador no Brasil dá aula, pesquisa e ainda é administrador. Existe a ideia de criar uma carreira de pesquisador em tempo integral?

Essa carreira não existe nas universidades, mas existe nos institutos de pesquisa, como o Butantã e o Instituto Agronômico de Campinas. Sou um professor nato e gosto muito do modelo da ciência associada à transmissão do conhecimento. O Brasil ainda é um país jovem e precisa educar seus jovens. Mas a sobrecarga administrativa é, de fato, um entrave. No ano passado, a Universidade de São Paulo (USP) cedeu um técnico administrativo para cada INCT (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia). Outras universidades vão ter de se adaptar e, para isso, será preciso negociar com o Ministério da Educação.

Quais áreas o sr. considera prioritárias?

O próximo plano de ação vai levar em conta a discussão feita na 4ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia do ano passado. O tema central foi ciência sustentável. Transformar toda uma indústria que hoje depende da petroquímica em uma indústria sustentável. Economia de baixo carbono e energias alternativas são áreas tão prioritárias para o País quanto eram no passado a biotecnologia, a nanotecnologia e a agricultura. Devemos continuar apoiando as tecnologias de comunicação, espacial e nuclear, sem menosprezar as ciências sociais e humanas, que ajudam a interpretar isso tudo.

Dizem que hoje quem faz pesquisa no Brasil são os mestrandos e doutorandos. Nos países desenvolvidos, quem faz pesquisa é o pós-doutorando.

Aqui também isso está aumentando. No CNPq temos cerca de 2 mil bolsas de pós-doutorado, 10 mil de doutorado, 12 mil de mestrado e 35 mil de iniciação científica. Agora é o momento para investir no pós-doutorado. Mestres e doutores precisam fazer a tese em dois anos. Se depender só deles, as pesquisas serão pouco ousadas.

São Paulo recebe um quarto dos recursos do CNPq, mas é responsável por metade da produção científica nacional. Não seria justo aumentar essa verba?

No edital universal, com 15 mil projetos, 23% da demanda era de São Paulo. Entre os projetos atendidos, 24% eram paulistas. Não vejo discriminação. A razão do sucesso econômico do Estado foi o forte investimento em ciência. E tem de continuar investindo mais que o resto do Brasil para manter a liderança. Mas de que adianta ter só São Paulo desenvolvido e não ter para quem vender carro, televisão, geladeira ou para onde exportar seus doutores? A gente só se fortalece se o Brasil crescer como um todo.

É possível diminuir a burocracia dos mecanismos de avaliação de projetos e gastos?

Todos os processos do CNPq são informatizados: a submissão de projetos, a avaliação, a prestação de contas. O que entrava a boa execução da pesquisa é a dificuldade de mudança de alínea (destinação do gasto), mas isso não é culpa do CNPq. Quando recebemos os recursos do Ministério do Planejamento, já vem determinado o que é para custeio (insumos e manutenção) e o que é para capital (equipamentos). Às vezes os pesquisadores resolvem mudar a destinação do gasto e depois fazem a prestação de contas, mas o CNPq não pode aceitar.

Pesquisadores dizem que o sistema de importação do CNPq, o Importa Fácil, é difícil.

O Importa Fácil tem etapas e, se você estiver treinado, é fácil. Estamos preparando um curso de educação à distância para ajudar os pesquisadores. Mas vale a pena lembrar que a importação no Brasil é mais difícil que nos EUA porque há isenção de impostos para os produtos para pesquisa. O pessoal reclama que a Anvisa é um entrave à importação, mas o FDA (órgão de vigilância sanitária nos EUA) é muito mais restritivo. Lá não há atraso porque o fornecedor tem estoque. Aqui, a isenção inviabiliza o surgimento desses fornecedores.

São necessários mais recursos para os periódicos nacionais?

O grande desafio é ter algumas boas revistas, com visibilidade internacional. Não precisamos de 7 mil revistas, como hoje. Uma maneira de financiá-las seria adotar políticas de acesso aberto. A agência de fomento e o pesquisador pagam pela publicação e o acesso a ela é aberto. Assim você seleciona as melhores. O mercado é que vai identificar quais as revistas que os cientistas preferem publicar. / COLABOROU KARINA TOLEDO


QUEM É

Professor titular do Instituto de Física de São Carlos (USP). No fim do ano, completará 30 anos da sua carreira como docente na universidade. Em 2009, foi o candidato mais votado para o cargo de reitor da USP, sendo preterido pelo então governador José Serra. É atualmente diretor de Engenharias, Ciências Exatas e Humanas e Sociais do CNPq. Deve assumir a presidência do órgão no dia 27.

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110123/not_imp669956,0.php

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Feira mostra carros inteligentes em Las Vegas

Uma feira de tecnologia realizada recentemente em Las Vegas, Estados Unidos, mostrou as últimas tecnologias disponíveis para veículos de passeio.

A repórter da BBC especializada em tecnologia L. J. Rich foi à cidade americana e mostrou tudo o que os carros podem fazer sem a ajuda do motorista, como estacionar.

Stephanie Janczak, gerente de segurança automotiva da Ford, conta que o novo carro usa sensores eletrônicos para estacionar sozinho. O veículo examina a vaga para saber se é grande o bastante e o motorista precisa apenas pisar nos pedais. A direção se move sozinha durante o processo.

Outro dispositivo é o controle de música por comando de voz. O arquivo de música - ou a estação de rádio - é sintonizado pelo celular ou por tocadores de MP3 e o controle é feito pelo próprio carro pelo sistema Bluetooth.

Isso evita que o motorista se desconcentre com o celular nas mãos. O carro vai tocar os arquivos de acordo com o comando de voz do motorista.

Mas, além de mostrar tecnologias para carros que estão disponíveis atualmente ou que podem ser adaptadas facilmente para o uso imediato, a feira em Las Vegas mostrou também os carros-conceito.

A repórter da BBC experimentou um carro-conceito da GM, que não pretende colocar o modelo de dois lugares no mercado.

A idéia da montadora é mostrar como um carro deverá ser no ano 2030. Ele poderá se comunicar com outros carros do mesmo modelo, não poluirá e também não fará ruído.

Montadoras como GM, Ford, Audi e BMW preferiram levar as novidades do setor nesta feira de Las Vegas, ao invés de mostrá-las apenas no tradicional salão do automóvel de Detroit, o que pode ser um sinal de que o futuro do carro é a tecnologia.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2011/01/13/interna_tecnologia,203549/feira-mostra-carros-inteligentes-em-las-vegas.shtml


quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

IBM lista inovações revolucionárias dos próximos cinco anos

Empresa mostra como a tecnologia vai mudar a forma de trabalhar, viver e se divertir

Baterias que usarão o ar para alimentar os dispositivos, trajetos personalizados, computadores que ajudarão a fornecer energia a cidades, sensores que poderão ajudar a salvar o planeta e tecnologia 3D. Estes são os destaques da quinta edição da lista anual “IBM Next 5 in 5”, uma relação de inovações que vão mudar a vida das pessoas nos próximos cinco anos. Serão alterações no modo de trabalhar, viver e se divertir com base nas tendências de mercado e da sociedade mundial, além de tecnologias emergentes desenvolvidas nos laboratórios da empresa. Veja como elas poderão contribuir para a sua vida:

Baterias a ar

Para a IBM, nos próximos cinco anos avanços na tecnologia de transistores e de baterias permitirão que os seus dispositivos durem 10 vezes mais do que hoje. E, melhor ainda, em alguns casos elas poderão desaparecer de dispositivos menores. Em vez das pesadas baterias de íon lítio, os cientistas estão trabalhando em produtos que usam o ar para reagir com metal denso em energia. Se for bem-sucedido, o resultado será uma bateria leve, poderosa e recarregável, capaz de alimentar desde carros elétricos até dispositivos de consumo.

Caminhos personalizados


Imagine seu deslocamento sem engarrafamento, sem atrasos por obras na rua e sem precisar se preocupar em chegar tarde ao trabalho. Avançadas tecnologias analíticas, segundo a empresa, fornecerão recomendações personalizadas que levem as pessoas para onde elas precisarem ir. Sistemas adaptáveis de tráfego aprenderão intuitivamente os padrões e comportamentos do viajante para oferecer a ele, de forma mais dinâmica do que é hoje, informações de rota e de segurança de viagem. Pesquisadores estão desenvolvendo modelos que vão prever os resultados de rotas variáveis de transporte e oferecer informações que vão além dos relatórios tradicionais de tráfego. Os cientistas desenvolvem ainda aplicativos baseados na web para informar tempos estimados de viagens.

Computadores fornecerão energia

As inovações em computadores e centros de processamento de dados vão permitir que o calor e a energia que eles liberam sejam utilizados para aquecer construções no inverno e alimentar aparelhos de ar-condicionado no verão. Até 50% da energia consumida por um centro de processamento de dados moderno é usada pelo sistema de resfriamento de ar. A maior parte do calor é desperdiçada porque simplesmente é liberada na atmosfera. Em novas tecnologias, como os novos sistemas de resfriamento por água em chips, a energia térmica de um cluster de processadores computacionais pode ser reciclada de forma eficiente para oferecer água quente. Projeto piloto na Suíça que usa a nova tecnologia impede a emissão de cerca de 30 toneladas de dióxido de carbono por ano na atmosfera.

Salvar o planeta

Qualquer pessoa pode ser um sensor ambulante. Nos próximos anos, os sensores do celular, do carro, da sua carteira e mesmo em suas “tuitadas” coletarão dados que darão aos cientistas uma imagem, em tempo real, do seu ambiente. Assim, você poderá fornecer dados para combater o aquecimento global, salvar espécies ameaçadas ou monitorar plantas ou animais invasivos que ameaçam ecossistemas. Num futuro breve vai surgir uma nova classe de “cientistas cidadãos” usando sensores simples, que já existem, para criar enormes volumes de dados para pesquisa.

Tecnologias 3D

As interfaces em 3D, como as usadas no cinema, vão permitir a você interagir em tempo real com as de seus amigos. O cinema e a TV já estão migrando para a imagem tridimensional e, à medida que as câmeras 3D e holográficas ficam mais sofisticadas e menores, para caber em celulares, ficará mais viável interagir com fotos, navegar na web e conversar com seus amigos de formas totalmente novas. Cientistas estão trabalhando para aprimorar o chat com vídeo para torná-lo holográfico, um tipo de “telepresença em 3D”. As técnicas usam feixes de luz emitidos pelos objetos, reconstruindo-os como uma imagem, uma técnica similar à que o olho humano usa para visualizar o ambiente ao redor.

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2010/12/23/interna_tecnologia,199804/ibm-lista-inovacoes-revolucionarias-dos-proximos-cinco-anos.shtml

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Brasil é destino cada vez mais atraente para jovens cientistas, diz Economist

Em sua edição desta semana, a revista brtânica The Economist afirma que o Brasil vem se tornando um destino cada vez mais atraente para a realização de pesquisas científicas e acadêmicas.

A revista traz dados que mostram o crescimento dessa área no país e cita iniciativas do governo que impulsionaram a pesquisa, que é um dos líderes mundiais em pesquisa, especialmente nas áreas de medicina tropical, bioenergia e biologia botânica.

No entanto, afirma que o maior trunfo do Brasil são as possibilidades oferecidas pelas universidades brasileiras para que os pesquisadors possam avançar.

"Você pode ter seu próprio laboratório aqui e pode até começar uma linha de pesquisa totalmente nova. Aqui, você é um pioneiro", afirma a geneticista botânica da Unicamp, na publicação.

Além disso, a revista destaca o fato de que as bolsas para pesquisadores iniciantes têm um valor equiparável aos padrões mundiais, mas faz uma ressalva: o mesmo não acontece para acadêmicos mais experientes.

Incentivo

"No entanto, a Fapesp está tentando (mudar essa cenário). A instituição publicou um anúncio na revista científica Nature sobre um progama de dois anos para se estudar em universidades de São Paulo", afirma a publicação.

"E apesar de a maioria das respostas ter vindo de cientistas de início de carreira, são os mais experientes que estão sendo chamados para conversar. E a Fapespa espera que durante esses dois anos, eles aprendam o português e - alguns deles - decidam ficar no país."

Segundo a revista, o Brasil formou 500 mil alunos no ensino superior e 10 mil PhDs em um ano - dez vezes mais do que há 20 anos. O país também aumento sua participação no volume total de estudos científicos publicados no mundo: de 1,7% em 2002 para 2,7% em 2008.

A Economist afirma ainda que fazer parte da iniciativa científica global está ligado também ao orgulho nacional. "Ao investir em ciência em seu próprio território, países tropicais garantem que não são apenas os problemas das nações ricas e temperadas que são resolvidos" .

Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2011/01/07/interna_tecnologia,202286/brasil-e-destino-cada-vez-mais-atraente-para-jovens-cientistas-diz-economist.shtml